No momento em que a Europa amplia as suas fronteiras, acolhendo povos reunidos por uma mesma cidadania civil, ainda que com diferentes línguas, usos, hábitos e vicissitudes históricas, cresce o esforço coletivo para valorizar o patrimônio de cada singular comunidade e resgatá-lo do risco de homologação e nivelamento.

Atrás das formas ainda mais simples de cultura popular preservam-se aspectos essenciais de identidade de qualquer grupo humano, e isto é particularmente evidente nas mil faces do Vêneto, terra riquíssima de tradições antigas, que abre milhares de espirais de continuidade entre passado e presente.

A rápida evolução do progresso parece atualmente mais do que nunca contrastar com a proteção das memórias, de formas e expressões e de fenômenos folclorísticos, que frequentemente se encontram, mas quase intactas em outros contextos, ainda muito distantes, nos quais as inumeráveis comunidades de migrantes vênetos distribuídas em todo o mundo souberam proteger zelosamente.

Diferentes realidades locais, públicas e privadas, contribuem atualmente a conservar e juntamente disponibilizar esta preciosa bagagem, composto por objetos tangíveis, mas também por inumeráveis bens não materiais, a ser descoberto e redescoberto, saboreando atmosferas e sensações de outros tempos.